terça-feira, 29 de março de 2011

Oração da madrugada

Quem somos nós? Tão estranhos, diferentes, desiguais que transitamos nestas horas mortas. O medo nos assoma, mas coragem fingimos. Fugidios que somos, nos evitamos, nos vigiamos e nos vamos. Vamos como substantivo sem verbo e sem objeto direto,
Se venta queremos ser folhas a esvoaçar distante e para mais longe, sem pensar e nem querer virar monturo numas dessas encostas, num desses desvãos. E nos vamos e voltamos. Perdidos? Não! Caçadores? Sim! Caças? As vezes. Vítimas? Sempre. Algozes? Não raro.
Para que? Por que? Nesses desencontros quem será por nós? Penso que ninguém, posto que já não nem rezar sabemos... Mas também, qual a valia, se condenados somos?

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