quinta-feira, 14 de junho de 2012

Pensar um novo mundo


Estamos cansadas de ler as bem intencionadas Declarações universais de direitos humanos, Objetivos do Milênio e tantas outras mais – estes documentos trazem em seu conteúdo um consenso universal de que nossas crianças precisam ter acesso a nutrição, saúde e educação – condição “sine qua non” para sobrevivência e progresso. Entretanto muito pouco se progrediu neste campo.

Esta reflexão se destina àqueles que estão convencidos que o mundo atual não representa uma herança de nossos pais, que pode ser degradada, mas um empréstimo de nossos filhos. Temos que devolver a eles algo melhor que encontramos. Temos que olhar para frente, ficar indignados com a violência, exclusão social, fome, miséria, conflitos, desrespeito a condição humana, guerras inexplicáveis motivadas por inconfessáveis interesses econômicos onde jovens são mortos em defesa de interesses espúrios!!.
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A revolução americana – “jamais fortalecerás os fracos por enfraqueceres os fortes”  - e a revolução francesa com a queda da bastilha, acenderam uma chama indelével na mente humana de promessas de “liberdade, fraternidade e igualdade” direitos humanos - ate hoje desrespeitados - porem nascidos do iluminismo, ainda latente, com forte apelo na vontade humana de participação democrática.
O estadista que pretender determinar ás pessoas de que maneira elas devem empregar seu capital, não apenas estará se sobrecarregando com um cuidado desnecessário, mas assumirá uma autoridade que jamais poderia ser seguramente confiada a uma simples pessoa, nem também a qualquer conselho ou senado, e que em nenhuma parte será tão perigosa como nas mãos de um homem que tem bastante insensatez e presunção para julgar-se apto a exercê-la.

Cada pessoa, como diziam os estóicos, deve ser primeira e principalmente deixada ao seu próprio cuidado; e cada pessoa é certamente, sob todos os pontos de vista, mais apta e capaz de cuidar de si do que qualquer outra pessoa. Trabalhadores precisam de se alimentar e ter acesso aos sistemas de saúde e educação para que esta força de trabalho não se destrua – não faz sentido embutir isto no salário, pois a fome das pessoas não é uma variável de mercado, mas uma necessidade biológica. Trabalho humano é um processo de transformação de energia humana em energia física ou intelectual e para que esta transformação ocorra é preciso que nutrição, saúde e educação estejam asseguradas a priori e não embutidas no salário. Tal qual um veiculo precisa de combustível para trafegar.
Como disse o escritor francês Victor Hugo: “Fazemos caridade quando não conseguimos impor a justiça”. Porque não é de caridade que necessitamos. A justiça vai às causas; a caridade, aos efeitos. Responsabilidade social, sustentabilidade, equilíbrio ecológico – são as palavras chave – algo como um pensamento cheio de desejo, porém ninguém aponta como efetivar isto.
A humanidade precisa, antes de qualquer coisa, se libertar da submissão a slogans absurdos e voltar a confiar na sensatez da razão.

Qualquer que seja sua visão de democracia, nunca a sorte dos governados pode depender da virtude dos governantes. Além do sufrágio universal e imprensa livre, a redução dos recursos em poder de uma elite dirigente, devem ser os critérios para qualificar democracia.

Afinal, o que deu errado? Como podemos corrigir isto? Certamente não existe o ser humano capitalista e o socialista. O governo é uma instituição economicamente inviável porque sua receita e despesa são determinadas por atos de vontade humana. A economia é uma ciência cujas técnicas são válidas e aplicáveis quando a vontade dos agentes econômicos é limitada por uma lei natural de oferta e procura.
Certamente o empresário não ira agir por filantropia, é o pleno emprego produtivo que será o fiador deste Acordo de vontades – a dinâmica da economia ira conduzir ao pleno emprego onde a supervisão governamental não será mais necessária.
Essas reflexões cabem a todos aqueles que detêm responsabilidades e acreditam que temos a obrigação de entregar um mundo melhor para nossos filhos, netos e próximas gerações. A fome não pode esperar e as crianças que nascem hoje tem o direito natural de serem alimentadas, e terem acesso aos sistemas de saúde e educação. Antes que seja tarde demais é preciso humanizar o mercado para merecer o amanhã.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Espiando a Maré de 11-11-2011

eações diversas
Caca Martan andou romântico essa semana. Alguém lembrou que em seus áureos tempos de apresentador de misses ele suscitava paixões feito um Odair José. Não gostou muito da comparação com o terror das empregadinhas. Na terça-feira, no pátio da TV da Cidade, um admirador pegajoso encontrou semelhança dele com o ex-jogador e técnico Leão. Escancarou luminoso sorriso de aprovação.
José Mira proibiu terminantemente que relembremos aqui suas peripécias. “Agora sou um homem sério”, advertiu. “Então ele vendeu o funil de envasar Campo Largo em garrafa de  vinho francês? ”, pergunta Reginaldo Jorge em momento da mais pura perversidade.


Lábia de Malandro
Carlos Lupi, o ligeiro ministro do Trabalho e Emprego é o típico malandro carioca, possivelmente com alguma especialização entre pastores pentecostais. Conheci-o durante a campanha eleitoral do ano passado. Cheira a pilantragem à distância. Acuado pelas denúncias disse que só sairia à bala. Retórica pertinente, dada sua origem e princípios. Depois informou que tinha sonhado com Getúlio Vargas, numa pífia sugestão de que pode escolher saída mais dramática. Digo aos amigos do ministro que fiquem descansados. Ninguém acha lã em gatos. Ali só pêlo e pulgas.

Tiro certo
O major PM Nelson Coelho pilota o helicóptero Águia da corporação. Antenado nas redes sociais, enfeixa o melhor de dois mundos. Posiciona-se claramente em relação ao crime e ao criminoso -  bandido é bandido – dentro da escola clássica de polícia dos tempos do coronel Lara Ribas, ao mesmo tempo insere-se com desenvoltura no mundo tecnológico e social. Esta semana ele pousou duas vezes o Águia no Parque da Cidade. A urbanidade do policial e de seus companheiros de tripulação, aliada à sedução da aeronave, em poucos minutos produziu mais imagem positiva para a PM que dezenas de horas de publicidade em rádio e TV. Juntou uma alegre multidão em torno de si. Isso é fazer polícia. Intransigente e implacável com os bandidos. Urbano, amigo  e solidário com a comunidade. Os próximos concursos da PM vão atrair uma imensidade de moças e moços de qualidade querendo replicar a história do Major Coelho.

Cantoria
Outro dia os funcionários e chefes da Secretaria da Fazenda viviam um dia normal de beatitude do funcionalismo. Eis que de inopino surgiu o prefeito Carlito Merss, tendo nos calcanhares o Silvestre Ferreira, presidente da Fundação Cultural. Cena clássica de uma repartição. Gente assustada buscando o que fazer na presença do chefe. Carlito se planta no centro da sala e desanda a cantar. Era um momento de cultura. Idéia do Silvestre. Não me contaram se Carlito – um cantor frustrado que por anos foi tenor do Coral Boca da Noite - agradou com sua performance.

Secreto se revela
Não se assustem com a próxima leva de out door,s que vai aparecer na cidade nos próximos dias. A maçonaria joinvilense assume publicamente campanha contra o aumento no número de vereadores no município. A secreta instituição, que em Joinville já comandou realizações fantásticas, entre elas a construção do Hospital Infantil, sempre atuou diferente. As preocupações eram discutidas no seio das lojas e os maçons individualmente assumiam as posições que na verdade eram de consenso do grupo. A maçonaria propriamente não aparecia. Essa exposição pública que acontecerá no caso dos vereadores pode desagradar a muitos que prezam e defendem a histórica discrição. Mas a causa certamente é meritória.





Curtas


- Reginaldo Jorge é assessor de Paulo Bauer. Para tanto se mudou para Florianópolis de mala e cuia. Mas outras coisas também mudaram. Ele está a cada dia mais parecido com um político e menos com jornalista.
-Revista Veja em sua página eletrônica destacou que em conseqüência da quimioterapia Lula não foi trabalhar. E ele algum dia conjugou esse verbo?
-Em Governador Celso Ramos um ladrão arrombou 11 (onze) casas de veraneio e reuniu os produtos furtados na garagem de uma casa. Uma espécie de ponto de coleta para o carreto. Alguém viu a movimentação e avisou o dono, um policial da DEIC.
- O Teje Preso reuniu sua turma e grampeou o folgado no local. Aquela rapaziada afetiva passou a madrugada de quarta-feira paciente e diligentemente dando conselhos para a pobre alma transviada. Como diria Ramiro Gregório da Silva: “Esses meninos da DEIC são tão afetivos”.
- A Presidente Dilma não se aplica nos ensinamentos do mestre Nicolai Maquiavelli que mandava o Príncipe fazer todas as maldades de uma única vez e as bondades aos poucos. Na primeira ou segunda escorregada de ministros ela deveria ter feito a faxina completa. Quando Lupi cair todo mundo sabe que o próximo é Haddad, a menos que apareça um fura-fila.
- Vitor Guilherme, gaúcho e sócio diretor da TV da Cidade, logo de manhã cedo troteia no bairro Glória. Depois, placidamente, come umas maçãs e passa o resto do dia dando patadas no Paulo Marttini e no cinegrafista Fernando Oliveira.  Sei não. Temo que esteja virando bagual.
- Chamei o Fernando para ler minhas reflexões sobre o Vitor. Ele arregala os olhos e pergunta: “O que é isso?”. Conclusão. Minha piada pronta precisa de manual de instrução ou o Vitor tem motivos sobejos para levar o ignorante no bico da bota.
- Paulo Martini que andava falando em morrer, largar a bebida e deixar o cigarro, voltou ao normal. Um porre por dia, cigarro paraguaio, vodka Steporovna e carne gorda paga pelos amigos. Flávio Silveira, diagnostica: “Lá se foi a TPM..”.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Como será a Joinville do futuro?


Esta semana, solenemente, o presidente do Legislativo joinvilense, Odir Nunes, recebeu em seu gabinete o prefeito Carlito  Merss e seus principais assessores.  O prefeito entregou o Projeto de Lei Complementar de Ordenamento Territorial, que  após discutido e aprovado pelo legislativo, vai reger o parcelamento e uso do solo de Joinville. É a lei que definirá o tipo de cidade que queremos ter e como se dará seu crescimento. Só por isso toda a formalidade e pompa do encaminhamento é mais que justificada.
O projeto de lei foi construído pelos técnicos municipais e pelo Conselho da Cidade que reúne as maiores inteligências e competências de Joinville. O arcabouço técnico jurídico foi longo e acaloradamente discutido e nem sempre de forma pacífica. Até porque a questão é apaixonante. Mexe com crenças e sentimentos pessoais. Pessoais também são os interesses envolvidos. Uma frase na legislação significará ganhos ou perdas de milhões para proprietários de glebas no município.
Durante a entrega Carlito afirmou que Joinville cresceu sem planejamento. A afirmação é verdadeira quando avaliamos as invasões de manguezais, a ocupação de áreas alagáveis e a destruição de cursos d’água.  Mas também é profundamente injusta quando verificamos a idade de importantes eixos viários como João Colin,  Blumenau, Procópio Gomes, Getúlio Vargas, Piratuba e Santos Dumont.
É bom nunca esquecer que Joinville é o famoso puxadinho que se tornou definitivo. A cidade era para ser erguida na região de Anaburgo. Ali os terrenos são muito mais salubres e o povoamento seria mais defensável de qualquer ameaça externa como ocorreu durante a revolução federalista. Mas Joinville nasceu, ficou e cresceu onde está com todas as mazelas e fragilidades topográficas. Agora é tratar de qualificar o que não tem mais remédio.
Vale reiterar que o projeto entregue para avaliação e votos dos vereadores não é do prefeito. É produto do trabalho e competência de homens e mulheres com notável saber de leis, urbanismo, engenharia, geografia, ambientalismo e até sociologia. Assim, não deveremos permitir que, empregado a mentira e o sofisma, vereadores de baixa qualificação acadêmica sintam-se alforriados de sua estultice, para turbinados por inconfessáveis motivos, alterarem o projeto sobre o engodo que estão aperfeiçoando-o.

O temor por bandalheira legislativa é real quando se ouve  o vereador Osmari Fritz, cuja formação é no campo teológico, dizer que "o projeto demorou dois anos para chegar a Câmara e por isso vamos debatê-lo longamente". Explicando:  demorou dois anos porque  profissionais bem mais qualificados passaram esse tempo estudando e debantendo com outros igualmente técnicos e especializados. Decubando o que o vereador não disse quando anunciou longo debate.Em  2012 é ano eleitoral. Ele e tantos outros buscarao financimentos para reeleições. Não cairemos em  pecado se afirmarmos que o debate corre o risco de se tornar um leilão pelas 30 moedas de Judas. Estaremos atentos.

domingo, 6 de novembro de 2011


Impossível não se ufanar

Joinville é uma cidade maravilhosa. Pela manhã caminhei no meu América. Nos céus os tucanos e papagaios em revoadas. Nos morros os garapuvus floridos em amarelo ouro. Depois vi o Parque da Cidade.Ao meio dia fui almoçar na Vigorelli. Peixe fresco. Uma baía maravilhosa. Centenas e centenas de pessoas lotavam os restaurantes da pequena orla. Dezenas de embarcações aproveitavam o dia nublado e belo. Depois subi a serra para, em temperatura beirando os 15 graus, ver o início da florada das hortênsias e dos copos-de-leite. Tudo na minha cidade. Como dizia minha avó, tudo, de um ponto ao outro, quase ao alcance de tiro de uma boa carabina

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Minha coluna

 Fontan tortura Mira
Tem uma turma poderosa que se reúne no Iate Clube Boa Vista para jogar dominó. Entre eles, a família Klein, Fontan, Belli, o Ademar de Córdova, Ezequiel, Joaquim, Cacá Martan e o José Mira. Estou fazendo injustiça com os demais amigos, mas não anotei os nomes. No último encontro Mira foi parceiro do Fontan. Apanharam a noite inteira. Uma judiação. Mas o pior de tudo é o que o Fontan faz com o Mira. O mais cruel bullying. Tá certo que o joguinho do Zé é pequeno, mas precisa fazer aquilo com o rapaz? Ai que dó! Ô Fontan: por que não faz como o Cacá? Largou mão dele, mas não maltratou. Nosso inigualável Carlos Horn, inconformado com os maltratos ao Mira, imortalizou sua indignação em charge que publicamos na página 2


Antidoping em profissionais
Da atividade de promotores, médicos, juízes, engenheiros e policias espera-se que façam justiça, salvem vidas, protejam patrimônios. Mas e quando esses profissionais exercem suas profissões sob efeito de drogas?
Defendo, à semelhança do que ocorre com atletas, que estes profissionais sejam submetidos regularmente a exames antidopping. Promotor, juiz e delegado de polícia dependentes de drogas, além de atuar em estado alterado de consciência, ficam à mercê do traficante e não raro terminam agregados à quadrilhas.

Empreiteiras piratas
Repercute o comentário que produzi no programa Cidade em Ação da TV da Cidade e o editorial publicado pelo nosso Jornal da Cidade sobre essas empreiteiras predadoras. O maior impacto, porém, foi causado por entrevista que dei ao Osman Linconl na Rádio Clube onde ele me recebe quase todas as sextas-feira para falar do Jornal da Cidade.
Foi lá que falei dessas empresas e empresários picaretas que, especializadas em vencer concorrências, respondem em todo o Brasil por milhares de obras abandonadas e a perda de muitos milhões de reais do precioso e escasso dinheiro público.
A culpa é dessa anacrônica legislação, de agentes públicos mal preparados, da falta de um organismo para cadastrar esses malfeitores e do alto nível de corrupção. Esses empresários quando chegam são exemplos de refinamento.
Cooptam o corruptozinho de plantão e aí passam a atuar como capatazes de engenho. Como está comprometido até a medula e teme ser denunciado por seu comprador o devasso deixa que lesem os cofres públicos. A obra se arrasta, o ladrão vai embora, impune, e a cidade, estado ou país fica com o prejuízo.


Os meus mortos

Lembro minhas raízes aferradas no sul feito carrapato em novilho corcoveador. Minha alma andeja andou a dessedentar-se em muitas lonjuras. Ao corpo ensinei gostos e preparos para viver, beber, matar e morrer. Vento sul pelas costas empurrou-me mundo afora, mas como uma voz de mãe marcava o caminho de voltar. Tantos dos meus se foram. Sacrifiquei essas convivências no altar do egoísmo.
 Onde andam meus ausentes a quem tanto chamo no dia dos mortos? Aprendi grandezas, vesti orgulhos, desfilei vaidades.  Hoje acordo-me pequeno e tolo. É tempo ainda de volver para o sul da vida onde esta insignificância arrogante deixou meu tesouro de pureza e platitude.
E esse vento? Uivando nas frestas, vergando galhos, açoitando o rosto, lacrimejando os olhos. Arrastando-me de volta. Feito cisco. Folha morta.  Adubando saudades dos meus mortos. E já são tantos que entre os vivos estou a tornar-me estranho.

Curtas
-Lingüiça especial, carré de ovelha, maminha, palmito, cerveja e vinho sob o comando do assador Conhaque. O comes e bebes serviu de cenário na casa do Osman Linconl para alarido que reuniu esse que vos escreve, o dono da casa, Paulo Martini, Luiz Veríssimo e Cláudio Schiessl. Flávio Silveira foi ignorado porque seu nome estava na relação de nomes daqueles que deveríamos falar mal (rssss). E como falamos...
-Paulo Martini anda com dores estomacais. Fígado, suspeito eu, sabedor dos porres. Cólicas andropausianas, segundo diagnóstico de Arivan Prochonow, com pompa e arrogância.
- O José Antônio Baço, nosso confrade e tuiteiro, lá de Portugal, fica, pela rede, a maltratar a Débora Almada com um palavreado que ele cavocou no diário de algum “portuga” ensandecido. Ela não entendeu nada do que ele postou. “Estou a mostrar-te erudição”, pavoneou-se o grosso.
- Aos que torcem o nariz para um engenheiro na Secretaria de Educação de Santa Catarina, marco Tebaldi dispara: “O governador não me convidou para dar aula e sim gerir a pasta”.
- Na terça-feira ouvia música de qualidade feita por Jessé (morreu) Pena Branca e Xavantinho (morreram), Ângela Maria (morreu), Altemar Dutra (morreu), Geraldo Vandré (enlouqueceu)... E tanta coisa que deveria ser enterrada de cabeça para baixo para não voltar, segue por aí incomodando os outros. E como incomodam!


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

CONTAGEM REGRESSIVA PARA A COPA 2014


Faltam 3 anos, 12 estádios e 1 seleção, 30 hotéis, 14 aeroportos, 120000 km de rodovias, 2.000 km de metrô, 6 trens balas, 115 favelas pacificadas, 33.000 soldados preparados, 2000 restaurantes, 150000 motoristas de taxi falando ingles e espanhol, 20000 km de esgoto, 50 milhôes de m³ de água despoluída, e a recuperação da floresta Amazônica, Pantanal e Mata Atlântica.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Não há crise entre PM e PC. Existe é uma revolução

 Polícia é. Ponto final. Se será militar, civil, um misto das duas coisas ou as duas coisas, é questão, menos de doutrina, que do entendimento personalístico do constituinte. O que interessa para a sociedade e o Estado é que a segurança funcione eficientemente ao menor custo. Todas as linhas de pensamento, do marxista radical ao liberalista desvairado, concordam em que tres coisas são atribuição do Estado: saúde, segurança e educação.

Isso posto, vamos refletir sobre a questão catarinense onde desinteligências operacionais entre a PM e Polícia Civil está deixando o campo das caneladas individuais e amplia-se em conflito institucional. Por razões que vão, desde a falta de liderança, comprometimento e profissionalismo até a escassez de recursos e reconhecimento por parte do governo, a Polícia Civil - salvo pequenas ilhas de eficiência como é o caso da equipe de Renato Hendges - está entregue às moscas. Deserta de cumprir sua missão. O que temos, aqui em Joinville, em Jaraguá, Ituporanga, arredores de Florianópolis, são delegacias fechadas durante o expediente. Causa? O único policial de plantão saiu. Se foi cumprir alguma tarefa ou encontrar a amante tem muito pouca importância diante do fato: A delegacia que deveria funcionar 24 horas está fechada.

Então tem-se o tal vácuo. Vácuo de atribuições, poder e vergonha na cara. Nesse momento parece-me que a PM está em sideral dianteira. Qualifica seus oficiais, responde aos apelos da população, mostra resultados e ainda se depara com os ciúmes dos policiais civis que, inertes na ação, choram os espaços que estão a perder.

Com vontade de trabalhar e embuídos do propósito de construir uma nova e moderna polícia jovens oficiais da PM inovam, motivam, atuam, provocam, interagem com a sociedade e não temem o confronto. Tanto com bandidos como com juizes, promotores e delegados  cuja indolência beira a prevaricação. Entre esses homens eu destaco, por te-los conhecido, os coronéis Edivar Bedin e Luiz Rogério Kumlehn. Este conheci capitão, quando chefe militar do gabinete do vice governador de Santa Catarina. Ativo, culto, articulado é irmão de Arno Kumlehn, arquiteto que perturba aqui em Joinville pela vigilância  na mautenção da cidade onde o valor maior a ser preservado seja o  bem estar dos moradores e não a conta bancária dos especuladores.

Rogério Kumlehn, como qualquer profissional frustrado por não poder cumprir sua missão, não por falta de empenho seu, mas ausência de comprometimento dos demais parceiros, desafa. Fala no seu círculo interno. Com a rudeza crua da raiva, do desabafo, e na esperada segurança do ambiente "familiar". Aí alguém menos nobre. Um Calabar infiltrado gravou a  conversa e deu-lhe publicidade. Naturalmente houve choros, ranger de dentes e constrangimentos. Kumlehn foi removido para Florianópolis onde sua liderança é maior e a terra mais fértil para dar impuslo e prosperidade ao projeto que anima ele, Edivar e tantos outros.
Afastar Kumlehn camufla mas não deminui a crise. Ela é doutrinária. Mais que uma crise é um movimento revolucionário. Importa que as forças em confronto tentem solucção negociada antes de partir para o conflito. O caso exige a autoridade do governador que pode ter aí o material e a oportunidade de criar um modelo policial que seja exemplo para o Brasil

Mercado financeiro é o vampiro de nações

"Não é a terra que constitui a riqueza das nações, e ninguém se convence de que a educação não tem preço", escreveu Paulo Martini, hoje pela manhã, no twitter se apropriando e dando crédito a Rui Barbosa.
Também hoje pela manhã, jornais televisivos em alarido uníssono, trombeteavam que os mercados financeiros acordaram em péssimo humor diante pacote de medidas anunciado ontem pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy.
Quase um século depois o entendimento de nosso Águia de Haia é atualíssimo. Educação além de ser ferramenta de desenvolvimento pessoal e social é luz que clareia a mente das pessoas, livrando-as dos logros. E é a falta de educação,  de conhecimento e entendimento que faz com que a maioria dos homens e mulheres espalhados pelo mundo aceitem passivamente a vampiragem do mercado financeiro a sugar economias, a quebrar sociedades. A provocar mortes, guerras e destruições com seus logros.
Simplistamnete o mercado financeiro nada mais é que um cassino. Ele foi criado para que quem tenha preguiça, dinheiro sobrando, ousadia e informações aposte no desempenho de empresas e produtos e no comportamento de sociedades e países. Se as coisas correrem como eles previram embolsam grandes fortunas. Caso contrário deveriam, igualmente,  perder grandes fortunas. É do jogo.
Operadores do mercado financeiro, conservadores ou liberais (agora temos até ex-comunistas russos e comunistas chineses)  nos tempos de alta gritam em defesa de um estado mínimo. - "Nos deixem fazer, nos deixem passar".
E mercados e governos, por bem ou por mal, por convecimento ou corrupção, os deixaram fazer, os deixaram passar. Empolgadas casas bancárias, que são maiores que países e mandam na maioria deles, passaram a jogar  em vez de financiar o crescimento e a produção. E veio a quebradeira provocada pelos truques e trapaças que os grandes executivos de financistas inventaram. Como mandam na maioria dos Estados exigiram que governos e o povo pagassem a conta.
Agora finalmente dois governantes de países importantes como Alemnha e França mandaram recado. Quem jogou que arque com as consequências. Certamente vai ser péssimo para muita gente que confiou suas economias a estes bancos. Mas para o bem da humanidade é necessário que governos deixem bancos quebrarem, coloquem banqueiros e executivos na cadeia e confisquem suas suntuosas propriedades para honrar as dívidas.
É tempo de nós jornalistas e editores de jornais darmos espaços para a produção e quem trabalha. Hoje a imprensa trata o mercado financeiro como se fosse o senhor do mundo. Até é, mas não por mérito e sim por logro.
É tempo de um basta na vampiragem do mercado financeiro. Mais de um século e centenas de guerra depois 
é tempo de exorcizar as economias do mundo e devolver toda honra e toda glória para quem trabalha e produz. Vamos educar e nos educar. Tirar os antolhos para que enxerguemos que o Deus Mercado Finaceiro é um senhor que está nú e nos escarnece.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

A história do primeiro sacerdote


Dia 01 de junho é o Dia de Santo Aarão, primeiro Sumo Sacerdote dos judeus
Aarão (ou Arão) palavra que significa “progenitor de mártires” em hebraico possivelmente relacionado com o egípcio “Aha Rw,” “Leão Guerreiro”), foi o irmão mais velho de Moisés, e primeiro sumo sacerdote dos judeus.
História bíblica
Aarão teria sido filho mais velho de Amrão e Joquebede, da Tribo de Levi .Era bisneto de Levi. Tinha uma irmã mais velha, Miriam. Casou com Eliseba, filha de Aminadabe, da Tribo de Judá, que lhe deu quatro filhos, Nadab, Abiú, Eleazar e Itamar.
Aparece na bíblia quando Jeová, o Deus de Israel o envia desde o Egito para se reunir com o seu irmão Moisés no Monte Horeb. Tornou-se escolhido por Deus como porta-voz (profeta) de Moisés (que teria problemas de dicção de acordo com a tradição), e serviu como orador junto do Faraó, nas diligências que permitiram a realização do Êxodo e da libertação do povo hebreu do Egito, em direção à Terra prometida.
Seu papel central levou à sua escolha e de sua descendência em perpetuidade como sumo sacerdote dos israelitas quando da constituição do sacerdócio no Tabernáculo, ainda que posteriormente por covardia tenha participado de algumas rebeliões contra autoridade divina como na criação do bezerro de ouro, ídolo pedido pelos israelitas para guiar-lhes já que Moisés estaria desaparecido, pois estava no Monte Sinai recebendo os Dez Mandamentos.
Aarão e Moisés não foram autorizados por Deus a entrar em Canaã. A razão alegada é que os dois irmãos apresentaram impaciência em Cades, no ultimo ano de peregrinação no deserto, quando Moisés bateu na rocha para sair água e a ordem de Deus era para que falasse, ordenando a rocha. Da morte de Aarão temos duas histórias a principal e mais detalhada de que Aarão, Eleazar seu filho e Moisés, subiram ao monte Hor, Moisés tirou as vestes de Aarão e as colocou em seu filho Eleazar. E Aarão morreu no alto do monte. Depois disso, Moisés e Eleazar desceram do monte, e , quando toda a comunidade soube que Aarão tinha morrido, toda a nação de Israel pranteou por ele durante trinta dias. Aarão tinha cento e vinte e três anos de idade quando morreu no monte Hor, no primeiro dia do quinto mês do quadragésimo ano depois que os israelitas saíram do Egito. A outra historia conta em Deuteronômio que os israelitas partiram dos poços dos jaacanitas e foram até Moserá. Ali Arão morreu e foi sepultado, e o seu filho Eleazar foi o seu sucessor como sacerdote. O monte Hor ficava nos limites da tribo dos Edomitas, próximo a Petra, atualmente é território da Jordânia.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Lucro Brasil nos condena a carro caro

O Brasil tem o carro mais caro do mundo. Por quê? Os principais argumentos das montadoras para justificar o alto preço do automóvel vendido no Brasil são a alta carga tributária e a baixa escala de produção. Outro vilão seria o “alto valor da mão de obra”, mas os fabricantes não revelam quanto os salários – e os benefícios sociais - representam no preço final do carro. Muito menos os custos de produção, um segredo protegido por lei.

A explicação dos fabricantes para vender no Brasil o carro mais caro do mundo é o chamado Custo Brasil, isto é, a alta carga tributária somada ao custo do capital, que onera a produção. Mas as histórias que você verá a seguir vão mostrar que o grande vilão dos preços é, sim, o Lucro Brasil. Em nenhum país do mundo onde a indústria automobilística tem um peso importante no PIB, o carro custa tão caro para o consumidor.

A indústria culpa também o que chama de Terceira Folha pelo aumento do custo de produção: gastos com funcionários, que deveriam ser papel do estado, mas que as empresas acabam tendo que assumir, como condução, assistência médica e outros benefícios trabalhistas.

Com um mercado interno de um milhão de unidades em 1978, as fábricas argumentavam que seria impossível produzir um carro barato. Era preciso aumentar a escala de produção para, assim, baratear os custos dos fornecedores e chegar a um preço final no nível dos demais países produtores.

Pois bem: o Brasil fechou 2010 como o quinto maior produtor de veículos do mundo e como o quarto maior mercado consumidor, com 3,5 milhões de unidades vendidas no mercado interno e uma produção de 3,638 milhões de unidades.

Três milhões e meio de carros não seria um volume suficiente para baratear o produto? Quanto será preciso produzir para que o consumidor brasileiro possa comprar um carro com preço equivalente ao dos demais países?

Segundo Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, “é verdade que a produção aumentou, mas agora ela está distribuída em mais de 20 empresas, de modo que a escala continua baixa”. Ele elegeu um novo patamar para que o volume possa propiciar uma redução do preço final: cinco milhões de carros.

A carga tributária caiu e o preço do carro subiu



O imposto, o eterno vilão, caiu nos últimos anos. Em 1997, o carro 1.0 pagava 26,2% de impostos, o carro com motor até 100cv recolhia 34,8% (gasolina) e 32,5% (álcool). Para motores mais potentes o imposto era de 36,9% para gasolina e 34,8% a álcool.

Hoje – com os critérios alterados – o carro 1.0 recolhe 27,1%, a faixa de 1.0 a 2.0 paga 30,4% para motor a gasolina e 29,2% para motor a álcool. E na faixa superior, acima de 2.0, o imposto é de 36,4% para carro a gasolina e 33,8% a álcool.

Quer dizer: o carro popular teve um acréscimo de 0,9 ponto percentual na carga tributária, enquanto nas demais categorias o imposto diminuiu: o carro médio a gasolina paga 4,4 pontos percentuais a menos. O imposto da versão álcool/flex caiu de 32,5% para 29,2%. No segmento de luxo, o imposto também caiu: 0,5 ponto no carro e gasolina (de 36.9% para 36,4%) e 1 ponto percentual no álcool/flex.

Enquanto a carga tributária total do País, conforme o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, cresceu de 30,03% no ano 2000 para 35,04% em 2010, o imposto sobre veículo não acompanhou esse aumento.

Isso sem contar as ações do governo, que baixaram o IPI (retirou, no caso dos carros 1.0) durante a crise econômica. A política de incentivos durou de dezembro de 2008 a abril de 2010, reduzindo o preço do carro em mais de 5% sem que esse benefício fosse totalmente repassado para o consumidor.

As montadoras têm uma margem de lucro muito maior no Brasil do que em outros países. Uma pesquisa feita pelo banco de investimento Morgan Stanley, da Inglaterra, mostrou que algumas montadoras instaladas no Brasil são responsáveis por boa parte do lucro mundial das suas matrizes e que grande parte desse lucro vem da venda dos carros com aparência fora-de-estrada. Derivados de carros de passeio comuns, esses carros ganham uma maquiagem e um estilo aventureiro. Alguns têm suspensão elevada, pneus de uso misto, estribos laterais. Outros têm faróis de milha e, alguns, o estepe na traseira, o que confere uma aparência mais esportiva.

A margem de lucro é três vezes maior que em outros países




O Banco Morgan concluiu que esses carros são altamente lucrativos, têm uma margem muito maior do que a dos carros dos quais são derivados. Os técnicos da instituição calcularam que o custo de produção desses carros, como o CrossFox, da Volks, e o Palio Adventure, da Fiat, é 5 a 7% acima do custo de produção dos modelos dos quais derivam: Fox e Palio Weekend. Mas são vendidos por 10% a 15% a mais.

O Palio Adventure (que tem motor 1.8 e sistema locker), custa R$ 52,5 mil e a versão normal R$ 40,9 mil (motor 1.4), uma diferença de 28,5%. No caso do Doblò (que tem a mesma configuração), a versão Adventure custa 9,3% a mais.

O analista Adam Jonas, responsável pela pesquisa, concluiu que, no geral, a margem de lucro das montadoras no Brasil chega a ser três vezes maior que a de outros países.

O Honda City é um bom exemplo do que ocorre com o preço do carro no Brasil. Fabricado em Sumaré, no interior de São Paulo, ele é vendido no México por R$ 25,8 mil (versão LX). Neste preço está incluído o frete, de R$ 3,5 mil, e a margem de lucro da revenda, em torno de R$ 2 mil. Restam, portanto R$ 20,3 mil.

Adicionando os custos de impostos e distribuição aos R$ 20,3 mil, teremos R$ 16.413,32 de carga tributária (de 29,2%) e R$ 3.979,66 de margem de lucro das concessionárias (10%). A soma dá R$ 40.692,00. Considerando que nos R$ 20,3 mil faturados para o México a montadora já tem a sua margem de lucro, o “Lucro Brasil” (adicional) é de R$ 15.518,00: R$ 56.210,00 (preço vendido no Brasil) menos R$ 40.692,00.

Isso sem considerar que o carro que vai para o México tem mais equipamentos de série: freios a disco nas quatro rodas com ABS e EBD, airbag duplo, ar-condicionado, vidros, travas e retrovisores elétricos. O motor é o mesmo: 1.5 de 116cv.

Será possível que a montadora tenha um lucro adicional de R$ 15,5 mil num carro desses? O que a Honda fala sobre isso? Nada. Consultada, a montadora apenas diz que a empresa “não fala sobre o assunto”.

Na Argentina, a versão básica, a LX com câmbio manual, airbag duplo e rodas de liga leve de 15 polegadas, custa a partir de US$ 20.100 (R$ 35.600), segundo o Auto Blog.

Já o Hyundai ix35 é vendido na Argentina com o nome de Novo Tucson 2011 por R$ 56 mil, 37% a menos do que o consumidor brasileiro paga por ele: R$ 88 mil.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Temer, o boneco.

Michel Temer, vice presidente da República, marido da bela Marcela, tem se revelado um boneco ventriloquo. Embora seu partido, o PMDB, seja quem na verdade dá sustentação ao governo, ele tal como o Jaburu, que nomeia o palácio em que habita, dorme na beira do lago Paranoá, enquanto sua parceira de chapa, Dilma, honrando as calças que veste, toma decisões que o mole vice fica a saber pelos jornalistas, telejornais e jornais.

Esta semana Temer, que o PMDB vive a cobrar, protagonizou mais um espetáculo de sabujice. Convidado por Luiz Henrique, aceitou prestigiar a posse de Udo Dohler na Acij. Ao saber, Ideli Salvatti, esgrimiu a vassoura, aqueceu o caldeirão de bruxarias, e conjecturou: A posse do empresário, que esnobou seu oferecimento de ocupar a vice na chapa que o PT apresentou para disputar o governo, na verdade é prova da força de LHS que o levou para o PMDB. Contrtariada Ideli, macomunou com a chefa, madame Dilma, e proibiram Temer de vir. Obediente, ele aquiesceu.
Não contavam porém que o velho feiticeiro, doutorado em cabulações diárias ao longo das últimas quatro década,tinha muitos encantamentos para jogar.
LHS, tangeu Valdir Raupp, presidente do partido, para o centro do tabuleiro e transformou a paroquiana posse do presidente da Acij em evento de interesse nacional do PMDB. E lá veio o Temer, emburrado, usando portas laterais da Lyra, mas obediente e lustroso em seu sorriso amarelo.
LHS, com a magnanimidade do vencedor, escoltou-o impávido pelos salões, exibiu-o de roda em roda, deu-lhe comida, meteu-o no avião e devolveu-o ao roupeiro do Jaburu onde dormita até o próximo uso decorativo.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Vidas sem valor, exemplo ignorado

Nós, joinvilenses, tivemos perdas irreparáveis de líderes em acidentes aéreos. Para ficar apenas em tres: Dieter Schmidt, Cao Hansen e Harold Nielson.A morte destes homens resultou em verdadeiras tragédias para as famílias, mulhares de funcionários e toda Joinville.
Podemos considerar que a morte de Dieter resultou também em perda das características de comprometimento social da Tupy além do enfraquecimento do grupo no cenário mundial. O mesmo seu deu no caso de Cao. A Tigre enfrentou problemas sucessórios. Hoje segue grande mas sem a liderança social que exercia. A morte de Harold Nielson resultou na falência da Busscar com todas as suas consequências sobejamente conhecidas e trágicas.

Na noite de hoje Udo Dohler assume a presidência da ACIJ e passa a liderar um colegiado que reúne 18 líderes que representam centenas de empresários dos quais dependem os destinos de empresas e a tranquilidade de dezenas de milhares de colaboradores.
A pergunta que se impõe. Quanto vale a vida desses homens, a começar pela do presidente da Acij?
Parece-me que muito pouco. Não fosse assim já teriam se cotizado para pagar os rídiculos R$ 2,1 milhões que custa do tal ILS.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Solidão improdutiva

Na sexta-feira ouvi de um amigo. Solidão não faz bem. Como é tão fácil viver a mais profunda solidão com uma multidão ciruculando em volta? Sorrimos, falamos, trabalhamos, e voltamos para a casca. Para o limbo. Ao olhar os dias que se foram, este blog é a prova da esterilidade.
Tanta a coisa a registrar. Encontro de amigos ao redor de vinhos. Alan, Jurandir, Henrique, Beto e Ariel. Este foi embora porque precisava, mais do que de alcool, de um canto para uivar e gritar o alívio por ter sobrevivido a intensa tempestade familiar.
Beto apenas fez companhia, estragando bom vinho de mistura com vodka e coca. Alan, cobrou-me produtividade e me penitencio pela fiel inutilidade de diariamente buscar textos novos no blog.
Faltou arte e engenho para refletir e construir. Vivi nesses dias luta exaustiva contra um pequeno demônio que deseja fumar. Nego-lhe a ração de nicotina e ele vinga-se me tirando a paz. Mas sigo a luta surda.
Como prêmio redescubro cheiros quase esquecidos, paladares adormecidos, sossego em mesa de bar e, vitória maior, a tosse se foi.