sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Espiando a Maré de 11-11-2011

eações diversas
Caca Martan andou romântico essa semana. Alguém lembrou que em seus áureos tempos de apresentador de misses ele suscitava paixões feito um Odair José. Não gostou muito da comparação com o terror das empregadinhas. Na terça-feira, no pátio da TV da Cidade, um admirador pegajoso encontrou semelhança dele com o ex-jogador e técnico Leão. Escancarou luminoso sorriso de aprovação.
José Mira proibiu terminantemente que relembremos aqui suas peripécias. “Agora sou um homem sério”, advertiu. “Então ele vendeu o funil de envasar Campo Largo em garrafa de  vinho francês? ”, pergunta Reginaldo Jorge em momento da mais pura perversidade.


Lábia de Malandro
Carlos Lupi, o ligeiro ministro do Trabalho e Emprego é o típico malandro carioca, possivelmente com alguma especialização entre pastores pentecostais. Conheci-o durante a campanha eleitoral do ano passado. Cheira a pilantragem à distância. Acuado pelas denúncias disse que só sairia à bala. Retórica pertinente, dada sua origem e princípios. Depois informou que tinha sonhado com Getúlio Vargas, numa pífia sugestão de que pode escolher saída mais dramática. Digo aos amigos do ministro que fiquem descansados. Ninguém acha lã em gatos. Ali só pêlo e pulgas.

Tiro certo
O major PM Nelson Coelho pilota o helicóptero Águia da corporação. Antenado nas redes sociais, enfeixa o melhor de dois mundos. Posiciona-se claramente em relação ao crime e ao criminoso -  bandido é bandido – dentro da escola clássica de polícia dos tempos do coronel Lara Ribas, ao mesmo tempo insere-se com desenvoltura no mundo tecnológico e social. Esta semana ele pousou duas vezes o Águia no Parque da Cidade. A urbanidade do policial e de seus companheiros de tripulação, aliada à sedução da aeronave, em poucos minutos produziu mais imagem positiva para a PM que dezenas de horas de publicidade em rádio e TV. Juntou uma alegre multidão em torno de si. Isso é fazer polícia. Intransigente e implacável com os bandidos. Urbano, amigo  e solidário com a comunidade. Os próximos concursos da PM vão atrair uma imensidade de moças e moços de qualidade querendo replicar a história do Major Coelho.

Cantoria
Outro dia os funcionários e chefes da Secretaria da Fazenda viviam um dia normal de beatitude do funcionalismo. Eis que de inopino surgiu o prefeito Carlito Merss, tendo nos calcanhares o Silvestre Ferreira, presidente da Fundação Cultural. Cena clássica de uma repartição. Gente assustada buscando o que fazer na presença do chefe. Carlito se planta no centro da sala e desanda a cantar. Era um momento de cultura. Idéia do Silvestre. Não me contaram se Carlito – um cantor frustrado que por anos foi tenor do Coral Boca da Noite - agradou com sua performance.

Secreto se revela
Não se assustem com a próxima leva de out door,s que vai aparecer na cidade nos próximos dias. A maçonaria joinvilense assume publicamente campanha contra o aumento no número de vereadores no município. A secreta instituição, que em Joinville já comandou realizações fantásticas, entre elas a construção do Hospital Infantil, sempre atuou diferente. As preocupações eram discutidas no seio das lojas e os maçons individualmente assumiam as posições que na verdade eram de consenso do grupo. A maçonaria propriamente não aparecia. Essa exposição pública que acontecerá no caso dos vereadores pode desagradar a muitos que prezam e defendem a histórica discrição. Mas a causa certamente é meritória.





Curtas


- Reginaldo Jorge é assessor de Paulo Bauer. Para tanto se mudou para Florianópolis de mala e cuia. Mas outras coisas também mudaram. Ele está a cada dia mais parecido com um político e menos com jornalista.
-Revista Veja em sua página eletrônica destacou que em conseqüência da quimioterapia Lula não foi trabalhar. E ele algum dia conjugou esse verbo?
-Em Governador Celso Ramos um ladrão arrombou 11 (onze) casas de veraneio e reuniu os produtos furtados na garagem de uma casa. Uma espécie de ponto de coleta para o carreto. Alguém viu a movimentação e avisou o dono, um policial da DEIC.
- O Teje Preso reuniu sua turma e grampeou o folgado no local. Aquela rapaziada afetiva passou a madrugada de quarta-feira paciente e diligentemente dando conselhos para a pobre alma transviada. Como diria Ramiro Gregório da Silva: “Esses meninos da DEIC são tão afetivos”.
- A Presidente Dilma não se aplica nos ensinamentos do mestre Nicolai Maquiavelli que mandava o Príncipe fazer todas as maldades de uma única vez e as bondades aos poucos. Na primeira ou segunda escorregada de ministros ela deveria ter feito a faxina completa. Quando Lupi cair todo mundo sabe que o próximo é Haddad, a menos que apareça um fura-fila.
- Vitor Guilherme, gaúcho e sócio diretor da TV da Cidade, logo de manhã cedo troteia no bairro Glória. Depois, placidamente, come umas maçãs e passa o resto do dia dando patadas no Paulo Marttini e no cinegrafista Fernando Oliveira.  Sei não. Temo que esteja virando bagual.
- Chamei o Fernando para ler minhas reflexões sobre o Vitor. Ele arregala os olhos e pergunta: “O que é isso?”. Conclusão. Minha piada pronta precisa de manual de instrução ou o Vitor tem motivos sobejos para levar o ignorante no bico da bota.
- Paulo Martini que andava falando em morrer, largar a bebida e deixar o cigarro, voltou ao normal. Um porre por dia, cigarro paraguaio, vodka Steporovna e carne gorda paga pelos amigos. Flávio Silveira, diagnostica: “Lá se foi a TPM..”.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Como será a Joinville do futuro?


Esta semana, solenemente, o presidente do Legislativo joinvilense, Odir Nunes, recebeu em seu gabinete o prefeito Carlito  Merss e seus principais assessores.  O prefeito entregou o Projeto de Lei Complementar de Ordenamento Territorial, que  após discutido e aprovado pelo legislativo, vai reger o parcelamento e uso do solo de Joinville. É a lei que definirá o tipo de cidade que queremos ter e como se dará seu crescimento. Só por isso toda a formalidade e pompa do encaminhamento é mais que justificada.
O projeto de lei foi construído pelos técnicos municipais e pelo Conselho da Cidade que reúne as maiores inteligências e competências de Joinville. O arcabouço técnico jurídico foi longo e acaloradamente discutido e nem sempre de forma pacífica. Até porque a questão é apaixonante. Mexe com crenças e sentimentos pessoais. Pessoais também são os interesses envolvidos. Uma frase na legislação significará ganhos ou perdas de milhões para proprietários de glebas no município.
Durante a entrega Carlito afirmou que Joinville cresceu sem planejamento. A afirmação é verdadeira quando avaliamos as invasões de manguezais, a ocupação de áreas alagáveis e a destruição de cursos d’água.  Mas também é profundamente injusta quando verificamos a idade de importantes eixos viários como João Colin,  Blumenau, Procópio Gomes, Getúlio Vargas, Piratuba e Santos Dumont.
É bom nunca esquecer que Joinville é o famoso puxadinho que se tornou definitivo. A cidade era para ser erguida na região de Anaburgo. Ali os terrenos são muito mais salubres e o povoamento seria mais defensável de qualquer ameaça externa como ocorreu durante a revolução federalista. Mas Joinville nasceu, ficou e cresceu onde está com todas as mazelas e fragilidades topográficas. Agora é tratar de qualificar o que não tem mais remédio.
Vale reiterar que o projeto entregue para avaliação e votos dos vereadores não é do prefeito. É produto do trabalho e competência de homens e mulheres com notável saber de leis, urbanismo, engenharia, geografia, ambientalismo e até sociologia. Assim, não deveremos permitir que, empregado a mentira e o sofisma, vereadores de baixa qualificação acadêmica sintam-se alforriados de sua estultice, para turbinados por inconfessáveis motivos, alterarem o projeto sobre o engodo que estão aperfeiçoando-o.

O temor por bandalheira legislativa é real quando se ouve  o vereador Osmari Fritz, cuja formação é no campo teológico, dizer que "o projeto demorou dois anos para chegar a Câmara e por isso vamos debatê-lo longamente". Explicando:  demorou dois anos porque  profissionais bem mais qualificados passaram esse tempo estudando e debantendo com outros igualmente técnicos e especializados. Decubando o que o vereador não disse quando anunciou longo debate.Em  2012 é ano eleitoral. Ele e tantos outros buscarao financimentos para reeleições. Não cairemos em  pecado se afirmarmos que o debate corre o risco de se tornar um leilão pelas 30 moedas de Judas. Estaremos atentos.

domingo, 6 de novembro de 2011


Impossível não se ufanar

Joinville é uma cidade maravilhosa. Pela manhã caminhei no meu América. Nos céus os tucanos e papagaios em revoadas. Nos morros os garapuvus floridos em amarelo ouro. Depois vi o Parque da Cidade.Ao meio dia fui almoçar na Vigorelli. Peixe fresco. Uma baía maravilhosa. Centenas e centenas de pessoas lotavam os restaurantes da pequena orla. Dezenas de embarcações aproveitavam o dia nublado e belo. Depois subi a serra para, em temperatura beirando os 15 graus, ver o início da florada das hortênsias e dos copos-de-leite. Tudo na minha cidade. Como dizia minha avó, tudo, de um ponto ao outro, quase ao alcance de tiro de uma boa carabina

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Minha coluna

 Fontan tortura Mira
Tem uma turma poderosa que se reúne no Iate Clube Boa Vista para jogar dominó. Entre eles, a família Klein, Fontan, Belli, o Ademar de Córdova, Ezequiel, Joaquim, Cacá Martan e o José Mira. Estou fazendo injustiça com os demais amigos, mas não anotei os nomes. No último encontro Mira foi parceiro do Fontan. Apanharam a noite inteira. Uma judiação. Mas o pior de tudo é o que o Fontan faz com o Mira. O mais cruel bullying. Tá certo que o joguinho do Zé é pequeno, mas precisa fazer aquilo com o rapaz? Ai que dó! Ô Fontan: por que não faz como o Cacá? Largou mão dele, mas não maltratou. Nosso inigualável Carlos Horn, inconformado com os maltratos ao Mira, imortalizou sua indignação em charge que publicamos na página 2


Antidoping em profissionais
Da atividade de promotores, médicos, juízes, engenheiros e policias espera-se que façam justiça, salvem vidas, protejam patrimônios. Mas e quando esses profissionais exercem suas profissões sob efeito de drogas?
Defendo, à semelhança do que ocorre com atletas, que estes profissionais sejam submetidos regularmente a exames antidopping. Promotor, juiz e delegado de polícia dependentes de drogas, além de atuar em estado alterado de consciência, ficam à mercê do traficante e não raro terminam agregados à quadrilhas.

Empreiteiras piratas
Repercute o comentário que produzi no programa Cidade em Ação da TV da Cidade e o editorial publicado pelo nosso Jornal da Cidade sobre essas empreiteiras predadoras. O maior impacto, porém, foi causado por entrevista que dei ao Osman Linconl na Rádio Clube onde ele me recebe quase todas as sextas-feira para falar do Jornal da Cidade.
Foi lá que falei dessas empresas e empresários picaretas que, especializadas em vencer concorrências, respondem em todo o Brasil por milhares de obras abandonadas e a perda de muitos milhões de reais do precioso e escasso dinheiro público.
A culpa é dessa anacrônica legislação, de agentes públicos mal preparados, da falta de um organismo para cadastrar esses malfeitores e do alto nível de corrupção. Esses empresários quando chegam são exemplos de refinamento.
Cooptam o corruptozinho de plantão e aí passam a atuar como capatazes de engenho. Como está comprometido até a medula e teme ser denunciado por seu comprador o devasso deixa que lesem os cofres públicos. A obra se arrasta, o ladrão vai embora, impune, e a cidade, estado ou país fica com o prejuízo.


Os meus mortos

Lembro minhas raízes aferradas no sul feito carrapato em novilho corcoveador. Minha alma andeja andou a dessedentar-se em muitas lonjuras. Ao corpo ensinei gostos e preparos para viver, beber, matar e morrer. Vento sul pelas costas empurrou-me mundo afora, mas como uma voz de mãe marcava o caminho de voltar. Tantos dos meus se foram. Sacrifiquei essas convivências no altar do egoísmo.
 Onde andam meus ausentes a quem tanto chamo no dia dos mortos? Aprendi grandezas, vesti orgulhos, desfilei vaidades.  Hoje acordo-me pequeno e tolo. É tempo ainda de volver para o sul da vida onde esta insignificância arrogante deixou meu tesouro de pureza e platitude.
E esse vento? Uivando nas frestas, vergando galhos, açoitando o rosto, lacrimejando os olhos. Arrastando-me de volta. Feito cisco. Folha morta.  Adubando saudades dos meus mortos. E já são tantos que entre os vivos estou a tornar-me estranho.

Curtas
-Lingüiça especial, carré de ovelha, maminha, palmito, cerveja e vinho sob o comando do assador Conhaque. O comes e bebes serviu de cenário na casa do Osman Linconl para alarido que reuniu esse que vos escreve, o dono da casa, Paulo Martini, Luiz Veríssimo e Cláudio Schiessl. Flávio Silveira foi ignorado porque seu nome estava na relação de nomes daqueles que deveríamos falar mal (rssss). E como falamos...
-Paulo Martini anda com dores estomacais. Fígado, suspeito eu, sabedor dos porres. Cólicas andropausianas, segundo diagnóstico de Arivan Prochonow, com pompa e arrogância.
- O José Antônio Baço, nosso confrade e tuiteiro, lá de Portugal, fica, pela rede, a maltratar a Débora Almada com um palavreado que ele cavocou no diário de algum “portuga” ensandecido. Ela não entendeu nada do que ele postou. “Estou a mostrar-te erudição”, pavoneou-se o grosso.
- Aos que torcem o nariz para um engenheiro na Secretaria de Educação de Santa Catarina, marco Tebaldi dispara: “O governador não me convidou para dar aula e sim gerir a pasta”.
- Na terça-feira ouvia música de qualidade feita por Jessé (morreu) Pena Branca e Xavantinho (morreram), Ângela Maria (morreu), Altemar Dutra (morreu), Geraldo Vandré (enlouqueceu)... E tanta coisa que deveria ser enterrada de cabeça para baixo para não voltar, segue por aí incomodando os outros. E como incomodam!