quarta-feira, 13 de abril de 2011

Juiz audacioso, beijos e sinecura

Tudo por um beijo
Lembro os beijos todos de minha vida. Aquele do amor incondicional da mãe, da avó. Meu pai não beijava filhos. Só as filhas. O beijo tímido que fez bramir o coração. O beijo rápido fugidio. O único. O que nem valeu. O inesquecível. O sôfrego, o terno, o doce, o amargo, ao despertar, ao dormir, ao partir. O dos filhos e nos filhos. Do meu neto e no meu neto. O beijo de Judas. Ah! Quantos. Pensei que sim, mas não me mataram. Fortaleceram.
O beijo sereno, maduro, convicto. Amigo e entre irmãos. Beijos tidos e todos os que ainda quero. Agora mais qualificados, menos quantificados. Desses que não perturbam, enternecem. Onde não há paixão, mas com eterno amor.

O coração do Maneca
Maneca Dias, o herdeiro de Brizola, dono do PDT catarinense e sócio do nacional foi hospitalizado hoje. Aos 72 anos o coração pregou-lhe um susto. Está atendido no Instituto do Coração. Penso que Maneca representa o tipo de político caudilhesco já ultrapassado. Não há, porém, como não reconhecer sua importância na história política nacional. Especialmente na consolidação do MDB em Santa Catarina e na luta pela redemocratização.

Mortandade das motos
Em dez anos, o número de motociclistas mortos em acidentes de trânsito no Brasil aumentou 754%. De acordo com complemento do estudo Mapa da Violência 2011, divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Sangari. Em 1998 foram 1.047 mortes de motociclistas no país. Em 2008, esse número subiu para 8.939 mortes.
Atribuir o aumento da mortalidade de motociclistas ao crescimento da frota na última década, que foi de 368,8% é simplificar o problema.

Sarney, o oportunista

José Sarney, o senhor do Maranhão perdeu a grande oportunidade de entrar para a história como uma figura maior. Ser escritor e primeiro presidente da redemocratização bastaria para a absolvição de todos os outros pecadilhos. O tempo levaria ao esquecimento seu governo pífio.
Mas não, Seu apego canhestro ao poder fez dele um símbolo da corrupção ombreando-se com Maluf e outros da mesma catadura A jornalista Dora Kramer usou duas palavras para definir a proposta Sarney, de fazer uma nova consulta popular sobre a proibição de venda de armas: acintosamente oportunista. O Senado, que ele preside, não cuida de si, não cumpre as promessas de corrigir as deformações administrativas, não zela pela autonomia do Poder Legislativo, nem sequer controla o ponto dos funcionários, mas é ágil quando se trata de surfar na onda da comoção popular.

Estofo para ministro
Li a dissertação apresentada na Univali pelo juiz Davidson Jahn de Mello pelo título de mestre “O estado democrático de direito e a judicialização das políticas públicas na área de segurança com enfoque no sistema prisional”. É uma magnífica proposta audaciosa e coerente. É também um presta atenção aos poderes executivo e legislativo. Em outro país este trabalho qualificaria o autor a secretário de estado ou ministro. A íntegra da tese pode ser acessada no endereço: http://www6.univali.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=775

O esperneio dos fisiologistas
Esta manhã observei intensa atividade na internet e no twitter. Jornalistas que condenam o aumenta do número de vereadores em Joinville foram assediados pela tropa que defende a ocupação das 25 cadeiras. Osman Linconl foi ofendido enquanto apresentava o programa matutino na Rádio Clube. Osni Martins no twitter quebrou lança com a turma desejosa de uma sinecurazinha e com suplentes excitados com a possibilidade de serem titular de um mandato que o eleitor lhes negou.

Espinho na cadeira
A presidente Dilma advertiu o ministro Guido Mantega que ele só permanecerá no posto se dominar a inflação. Reclama que ele náo tem um plano e age apenas pontualmente. Fica correndo atrás do prejuízo. Antônio Pallocci, apostando no fracasso do colega e crente que será o escolhido já faz convites para os futuros membros da equipe

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