Em algum momento do final de século passado Darci de Matos fez um declaração que Luiz Henrique da Silveira tomou como ofensiva. Um evento fortuíto, corriqueiro na vida dos políticos e de qualquer um de nós.
Os anos passaram LHS foi prefeito pela terceira vez tendo Tebaldi como vice e auxiliado por Darci. Tebaldi percebeu o potencial de Darci e decidiu investir na candidatura. Luiz se opôs. Tebaldi coerente com o compromisso chegou a romper com o governador.
Este recuou porque precisava de apoio para a releição. Conseguiram.
Luiz não voltou a fazer declarações contra a candidatura de Darci, mas importou Mauro Mariani e fez dele candidato do PDMB e com isso entregou o mandato ao Carlito que tinha certeza que mais uma vez seria preterido.Sem um plano de governo, sem quadros eficientes Carlito improvisou. E como ocorre com toda improvisação não saiu-se bem. Como diz o veterano e aguçado Wilson França agora vemos novos grevistas enfrentando velhos grevistas. Todos do PT.
Carlito, baseado em números e numa carta advertência do Tribunal de Contas justifica a impotência em conceder o reajuste exigido pelos servidores. O Sindicato escorado nos velhos discursos de Carlitos cobra a coerência, que no passado, ele alegava faltar aos prefeitos.
O caso joinvilense é o modelo pronto e acabado da teoria do Caos. A idéia central da teoria do caos - desenvolvida pelo meteorologista americano Edward Lorenz - é que uma pequenina mudança no início de um evento qualquer pode trazer conseqüências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro. Por isso, tais eventos seriam praticamente imprevisíveis - caóticos, portanto. Parece assustador, mas é só dar uma olhada nos fenômenos mais casuais da vida para notar que essa idéia faz sentido. Imagine que no passado voce escolheu entre USP e a Univille. Estudou aqui. Se tivesse ido para São Paulo seus amigos seriam outros, seu circulo de relações, possivelmente sua namorada, esposa e filhos seriam outros. Não fosse uma fala de Darci possivelmente o prefeito não seria o Carlitos e as relações entre servidores e o município seria diferentes. Talvez piores, mas certamente diferentes.
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2 comentários:
Por uma pequena decisão, todos os eventos e suas conseqüências são modificados. Mas isto no fim pouco importa. Os fatos e fatores tendem a a se reagrupar. Sincronicidade.É o eterno retorno.Pode levar séculos, mas o fim sempre volta para para o início.É a ordem no caos. Sempre acontece na história.
Um abraço,
Mauro
Mauro
A sincronicidade, se expontânea, é um processo demorado e o eleitor joinvilense não pode mais ser visto como a melancia em cima da carroça. Pelo que tenho visto das greves nos últimos dias, as coisas não irão "se ajeitar" por si só tão cedo quanto se espera. O povo joinvilense tem pressa e não somos mais os meros expectadores passivos das políticas (e políticos) do passado. Definitivamente, o des(governo) atual deveria enfiar a viola e ir embora. No entanto, não quero mais as velhas raposas de volta! Prefiro fazer outro "test-drive" político com novas lideranças que, espero, venham a surgir na cidade, excetuando, claro, a vã tentativa de legar o poder a qualquer forasteiro aqui plantado repentinamente, fruto de manobras políticas desesperadas, de última hora.
Uma professora fôfa e indignada
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