sexta-feira, 20 de maio de 2011

Carlito e a teoria do Caos

Em algum momento do final de século passado Darci de Matos fez um declaração que Luiz Henrique da Silveira tomou como ofensiva. Um evento fortuíto, corriqueiro na vida dos políticos e de qualquer um de nós.
Os anos passaram LHS foi prefeito pela terceira vez tendo Tebaldi como vice e auxiliado por Darci. Tebaldi percebeu o potencial de Darci e decidiu investir na candidatura. Luiz se opôs. Tebaldi coerente com o compromisso chegou a romper com o governador.
Este recuou porque precisava de apoio para a releição. Conseguiram.
Luiz não voltou a fazer declarações contra a candidatura de Darci, mas importou Mauro Mariani e fez dele candidato do PDMB e com isso entregou o mandato ao Carlito que tinha certeza que mais uma vez seria preterido.Sem um plano de governo, sem quadros eficientes Carlito improvisou. E como ocorre com toda improvisação não saiu-se bem. Como diz o veterano e aguçado Wilson França agora vemos novos grevistas enfrentando velhos grevistas. Todos do PT.
Carlito, baseado em números e numa carta advertência do Tribunal de Contas justifica a impotência em conceder o reajuste exigido pelos servidores. O Sindicato escorado nos velhos discursos de Carlitos cobra a coerência, que no passado, ele alegava faltar aos prefeitos.
O caso joinvilense é o modelo pronto e acabado da teoria do Caos. A idéia central da teoria do caos - desenvolvida pelo meteorologista americano Edward Lorenz - é que uma pequenina mudança no início de um evento qualquer pode trazer conseqüências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro. Por isso, tais eventos seriam praticamente imprevisíveis - caóticos, portanto. Parece assustador, mas é só dar uma olhada nos fenômenos mais casuais da vida para notar que essa idéia faz sentido. Imagine que no passado voce escolheu entre USP e a Univille. Estudou aqui. Se tivesse ido para São Paulo seus amigos seriam outros, seu circulo de relações, possivelmente sua namorada, esposa e filhos seriam outros. Não fosse uma fala de Darci possivelmente o prefeito não seria o Carlitos e as relações entre servidores e o município seria diferentes. Talvez piores, mas certamente diferentes.

2 comentários:

Anônimo disse...

Por uma pequena decisão, todos os eventos e suas conseqüências são modificados. Mas isto no fim pouco importa. Os fatos e fatores tendem a a se reagrupar. Sincronicidade.É o eterno retorno.Pode levar séculos, mas o fim sempre volta para para o início.É a ordem no caos. Sempre acontece na história.
Um abraço,
Mauro

Anônimo disse...

Mauro
A sincronicidade, se expontânea, é um processo demorado e o eleitor joinvilense não pode mais ser visto como a melancia em cima da carroça. Pelo que tenho visto das greves nos últimos dias, as coisas não irão "se ajeitar" por si só tão cedo quanto se espera. O povo joinvilense tem pressa e não somos mais os meros expectadores passivos das políticas (e políticos) do passado. Definitivamente, o des(governo) atual deveria enfiar a viola e ir embora. No entanto, não quero mais as velhas raposas de volta! Prefiro fazer outro "test-drive" político com novas lideranças que, espero, venham a surgir na cidade, excetuando, claro, a vã tentativa de legar o poder a qualquer forasteiro aqui plantado repentinamente, fruto de manobras políticas desesperadas, de última hora.
Uma professora fôfa e indignada