sábado, 7 de maio de 2011
Cai, cai balão
Sábado para todos os gostos e até para aqueles desprovidos deles. No céu nevoento da manhã balões multicoloridos transitaram. Resfolegando o sopro do dragão. Um dos nautas caiu da cesta e fraturou alguns ossos. Dois balões foram forçados a descer.
Fui circunstante privilegiado. Os 12 passaram sobre minha casa. Acredito que aqui tem algum tipo de vácuo. A pino em meu telhado cruzaram quatro. Todos perderam velocidade e altura. Um teve que descer. Pouso perfeito em pequeno terreno baldio entre duas residências, em meio a fios, telhados e árvores. Comandava-o André Ibanhês. Florianopolitano. Terreno murado não permitiu o resgate. Piloto empurrou ar quente no balão que se ergueu lentamente para alegria de adultos e crianças. Não sei de onde saiu aquela molecada. Na minha rua tem poucos, aqui mora uma velharada. Eu com 59 anos sou chamado de rapaz pelo batalhão de viúvas, minhas vizinhas. Meu neto com 8 meses é o futuro ainda no berço, como uma flor temporã neste reduto de inverno ancião.
Voltemos ao balão. Rodeado pelo alarido da gurizada ele subiu, ganhou pequena altura, circulou pelo topo de casas e árvores e perdeu altura novamente. Auxiliado por homens do grupo de apoio que chegaram roncando em carros e camionetas, o aerostato foi ancorado em outro terreno baldio. Posou para fotos e foi recolhido. Ali soube que um outro derivara lá para os lados da Otkar Doerfell e teve arriar. Foi uma festa. Dezenas de mães jovens e dividindo alegria infantil com os rebentos só um pouco mais novos, pediram e ganharam licença para embarcar na cesta e posar para fotos. Jesus, penso que hoje todo mundo tem máquina fotográfica. Não, não estou contando aquelas ruizinhas agregadas ao celular. Estou falando de máquinas cheias de recursos de todos os formatos e tamanhos.
Tá bom. Também tenho uma, mas sou jornalista. Faz parte de minhas ferramentas de trabalho. Feliz Dias das Mães a todos.
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